(PT-BR) Entre cacos espalhados pelas calçadas, caminhos subterrâneos escuros e a música estrondosa que reverbera nos contornos daquilo que reconhecemos como nosso próprio casco. O sobe e desce pela escadaria sem fim de uma existência que vaga em busca de seus fragmentos, do fogo que queima os papéis revirados no chão, do desconhecido que abaixa a cabeça e recusa encontrar o olhar, do percurso em câmera lenta do trem que carrega em si a névoa de suas memórias embaralhadas. E a árvore adormecida vista pela fresta da janela não compartilha o segredo de que um dia irá florescer.
“Na escolha da imagem a ser retratada, algum desejo há em reencontrar o que acredita corresponder a quem se é. Estou sentado numa rua escura / respirando minha própria solidão [...] tenho medo de olhar nas latas de lixo / pois numa delas eu posso me encontrar. As folhas das árvores secam, caem ao chão, são levadas pelo vento. Os cabelos crescem, os monumentos são cobertos de pó e sal. A angústia não mente – no cambia, cambiando – e não se trata de uma mera ação do tempo… Quer mentir pra mentiroso?” – Fraus (Posfácio)
(ENG) Among shards scattered across the sidewalks, dark underground paths, and the thunderous music reverberating along the contours of what we recognize as our own shell. The endless climb and descent of the staircase of an existence that wanders in search of its fragments, of the fire that burns the papers strewn on the ground, of the unknown that lowers its head and refuses to meet the gaze, of the slow-motion journey of the train and the haze of its tangled memories. And the sleeping tree glimpsed through the crack of the window does not share the secret that one day it will bloom.
“In choosing the image to be portrayed, there is some desire to rediscover what one believes corresponds to who one is. I am sitting on a dark street / breathing my own solitude […] I am afraid to look inside the garbage cans / for in one of them I might find myself. The leaves of the trees dry, fall to the ground, are carried away by the wind. Hair grows, monuments are covered in dust and salt. Anguish does not lie — no cambia, cambiando — and it is not a mere act of time… Want to lie to a liar?” – Fraus (Afterword)
Algunos sentimientos no cambian junto a las estaciones
André Djanikian
ISBN 978-65-985025-6-0
2025
(ST26)

120 páginas
16x23,5cm
250 cópias
Risografia
Brochura
Fotografia (Photography)
André Djanikian
Edição (Editing)
Alix Breda
André Djanikian
Coordenação editorial (Editorial coordination)
João Pedro Lima
Projeto gráfico (Graphic design)
Estúdio Plantio
Posfácio (Afterword)
Fraus
Tradução (Translation)
Diana Rietveld
Impressão (Printing)
Panc Press
'Algunos sentimientos no cambian junto las estaciones ' Edição Regular
(R$150)
'Algunos sentimientos no cambian junto las estaciones ' Edição Especial
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